segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A hora do Football

17 de setembro de 2010
A hora do Football


No Rio de Janeiro, esporte é praticado na areia e o torneio estadual é o Carioca Bowl
Leandro Conceição

Nos últimos anos o futebol americano tem conquistado cada vez mais adeptos no Brasil. O football, como é chamado nos Estados Unidos, tem liga nacional, associações e não param de surgir novos times. A cidade de Osasco já tem representante, o Osasco Soldiers, o primeiro da região.

A equipe surgiu por acaso, em 2008, com o aumento de uma turma de amigos que se reunia para ficar arremessando a bola oval.

Os treinamentos acontecem todos os sábados, das 14h às 18h, no campo de futebol do CSU, na Vila Osasco, e no último do mês, no estádio Elzo Piteri, na Vila Yolanda. Walace Coura, um dos diretores e jogador do time, diz que há vagas abertas para interessados em participar. Por enquanto, a equipe apenas treina e realiza amistosos.

Nos próximos anos, o objetivo é entrar em competições oficiais das ligas paulista e brasileira. "O time ainda está se equipando e não tem apoio. Assim, é mais difícil, pois todo jogador precisar comprar o seu próprio equipamento, que não é barato", diz Walace. A prática do esporte exige capacete e tênis, que custam, em média, pelo menos R$ 1.000.

Como a maioria dos esportes no país, a falta de patrocínio é um dos entraves para o crescimento do futebol americano. "O jogador brasileiro paga para jogar", lamenta Rodrigo Hermida, da Associação de Futebol Americano do Brasil (Afab), a primeira entidade de administração do esporte, criada em 2000.

Ele estima que o país tenha cerca de 50 equipes e mais de três mil atletas, divididos em três modalidades: areia, grama e flag (contato reduzido). Na maioria dos times, técnicos e administradores também são atletas.
Além do time adulto masculino, o Osasco Soldiers tem, na modalidade flag, equipe feminina (Valkyries) e sub-17 (Mirmidões).

Liga
A Liga Brasileira de Futebol Americano (LBFA) tem 14 times de oito estados. A competição tem duas conferências, a Norte, com seis equipes, entre elas Corinthians Streamrollers, Fluminense Imperadores; e a Sul, com equipes como São Paulo Storm e Curitiba Spiders. A competição começou em julho e a final, chamada Brasil Bowl, será em dezembro.

A primeira disputa nacional foi o Torneio Touchdown, realizado no fim do ano passado, vencido pelo Fluminense Imperadores, do Rio de Janeiro.


"Um esporte que aceita todos" 



Osasco Soldiers foi criado em 2008 e planeja disputar competições oficiais


 
















Para Walace Coura, diretor do Osasco Soldiers, "além de unir pessoas, o futebol americano  aceita qualquer estereótipo físico, tem espaço para o baixinho, gordinho, grandão e magrinho".

Rodrigo Hermida, da Afab, ressalta: "o esporte ensina que nada vai funcionar sem trabalho de equipe e desenvolve conceitos de liderança e planejamento, que podem ajudar em toda a vida".

Na terra do soccer (como é chamado o nosso futebol pelos norte-americanos), os jogadores de futebol americano reclamam de quem ainda torce o nariz para o esporte por considerá-lo violento. "Há a crença, absolutamente errada, de que o esporte é violento ao invés de um esporte tático que usa o físico", diz Hermida.

"O preconceito sobre o esporte é grande, as pessoas pensam que basta sair batendo uns nos outros e pronto", lamenta Walace. "Mas com o passar dos anos, essas barreiras estão sendo quebradas graças aos esforços dos times nacionais."

Mais informações

http://www.soldiersfa.com
http://www.afabonline.com.br
http://www.lbfa.com.br
 



Final de 2010 nos EUA foi vencida pelo New Orleans Saints
Popular e lucrativo

O futebol americano é um dos esportes mais populares e lucrativos dos Estados Unidos, ao lado de basquete e beisebol.

O Super Bowl, final da NFL, a liga de football do país, é o evento de maior audiência e sucesso comercial na televisão norte-americana. O Super Bowl deste ano, vencido pelo New Orleans Saints pela primeira vez, foi visto por mais de 106 milhões de pessoas.

O custo de um anúncio publicitário de 30 segundos durante a transmissão do evento custou quase US$ 3 milhões.







Fonte: VisãoOeste

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